A Indonésia é um dos países mais intolerantes do mundo em relação à religião. Alguns dias atrás, um ateu foi espancado e depois preso por ter escrito “Deus não existe” numa página do Facebook. Como o país tem as chamadas leis antiblasfêmia, que pune quem ofende a religião alheia, ele poderá ficar até 5 anos presos.
Na semana passada, estudantes muçulmanos atacaram escolas católicas na cidade de Yogyakarta, na ilha de Java, por causa de um post no Facebook. Uma mensagem postada na rede social por uma pessoa que se dizia “anti-islâmica” provocou uma reação negativa entre os estudantes extremistas.
Eles decidiram atacar duas escolas católicas da cidade. Os ataques ocorreram dia 19 de Janeiro, mas só agora foram esclarecidos. As duas escolas são Pangudi Luhur e Stela Duce.
De acordo com fontes locais, 25 extremistas invadiram a Pangudi Luhur evandalized propriedade da escola. Na época, um grupo de estudantes invadiu e destruiu parte dos prédio. A maioria dos alunos estava em atividades extracurriculares e ninguém ficou seriamente ferido. A escola é dirigida pelos Irmãos da Instrução Cristã de Ploërm.
No mesmo dia, o Duce Stela, que é administrado pelas freiras de São Carlos Borromeo, também teve prejuízos com o ataque dos fundamentalistas.
Segundo a investigação feita pelas autoridades, o motivo dos ataques foi que alguém chamado Rudi Yohanes, que alegava ser um estudante na Luhur Pangudi , simplesmente disse que era “anti-islâmico” no Facebook, sem dar detalhes.
Segundo a polícia e os administradores da escola, tal pessoa não estuda ali e o perfil seria falso, dificultando a identificação da verdadeira identidade de quem escreveu tal frase.
Esses ataques contra escolas católicas em Yogyakarta causou pânico entre os alunos e pais de toda a província, especialmente os cristãos, que são minoria no país. A Indonésia é o maior país muçulmano do mundo com 210 milhões de habitantes. Apenas 10% deles são cristãos.
Muitas escolas fecharam as portas temporariamente no dia seguinte. As tensões continuam crescendo junto com o temos de possíveis novos incidentes. No passado, grupos muçulmanos de Yogyakarta obrigaram os administradores da escola islâmica Piri a suspender todas as atividades educacionais.
O motivo para essa violência foi a decisão da escola em dar aos alunos Ahmadi o direito de organizar as orações na escola. Para os muçulmanos, os Ahmadis são uma seita herética porque não consideram Maomé como o último profeta. Por esta razão, seus seguidores são perseguidos e assassinados por alguns grupos radicais.
Traduzido e adaptado de Asia News
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