11 de jan. de 2012

O ensino de Jesus sobre casamento e divórcio


O ensino de Jesus sobre casamento e divórcio
INTRODUÇÃO
Aqui em Marcos 10.1, o que é enfatizado não são as curas, mas o ensino de Jesus. A cura e o ensino caminham juntos em sua atividade.[1] Os fariseus, como inimigos de plantão, mais uma vez, estão maquinando contra Jesus, para apanhá-lo em alguma falha. Desta feita, eles trazem uma questão sobre o divórcio. Em vez de cair na armadilha deles, Jesus aproveita o ensejo para ensinar sobre o casamento e o divórcio.
I. UMA PERGUNTA DESONESTA – (9.2)
Os fariseus já tinham uma opinião formada sobre a questão do divórcio.[2] Eles não buscavam uma resposta, mas armavam uma cilada para Jesus. Diz Marcos: “E, aproximando-se alguns fariseus, o experimentaram, perguntando-lhe: É lícito ao marido repudiar sua mulher”? (9.2). Os fariseus não estavam focados nos princípios de Deus sobre o casamento, mas nas filigranas da concessão mosaica para o divórcio. O que os fariseus intentavam com essa pergunta?
Em primeiro lugar, colocar Jesus contra Herodes. Foi nessa mesma região que João Batista foi preso e degolado por denunciar o divórcio ilegal e o casamento ilícito de Herodes com sua cunhada Herodias. Os fariseus instigavam Jesus a ter a mesma atitude de João, pensando que com isso, teria o mesmo destino. O lugar do interrogatório era a Peréia, que, como a Galiléia pertencia aos domínios de Herodes Antipas. O que os fariseus queriam era que Jesus se tornasse intolerável em termos políticos e religiosos.[3]
Em segundo lugar, colocar Jesus contra Moisés. Os fariseus queriam colocar à prova a ortodoxia de Jesus, para poderem acusá-lo de heresia.[4] Se Jesus dissesse que era lícito, ele afrouxaria o ensino de Moisés sobre o divórcio. Mateus registra essa mesma pergunta acrescentando um dado importante: “É lícito ao marido repudiar sua mulher por qualquer motivo”? (Mt 19.3). Moisés havia ensinado que se o homem encontrasse alguma coisa indecente na mulher, lavraria carta de divorcio e a despediria (Dt 24.1). A grande questão é entender o que significa essa “coisa indecente”. No ano 20 d.C. dois rabinos famosos, Hillel e Shammai tornaram-se famosos na interpretação desse texto mosaico.[5] Hillel liderava uma escola liberal que entendia que o marido podia despedir sua mulher por qualquer motivo, como queimar o jantar, falar alto ou mesmo se esse marido encontrasse uma mulher mais interessante. Shammai, por sua vez, liderava uma escola conservadora e acredita que o divórcio só podia ser dado no caso do marido encontrar na mulher alguma coisa indecente. Esse termo hebraico para descrever “coisa indecente”, erwath dabar era entendido por Shammai como falta de castidade ou adultério.
Em terceiro lugar, colocar Jesus contra o povo. Se a resposta de Jesus fosse sim, eles acusariam Jesus de estar promovendo a desintegração da família e atentando contra os direitos da mulher. Se Jesus respondesse não, eles acusariam Jesus que contrariar a concessão dada por Moisés e ainda o colocariam numa situação de extremo perigo em relação ao inconseqüente rei Herodes.
II. UMA RESPOSTA ESCLARECEDORA – (9.3-5)
Jesus não caiu na armadilha dos fariseus. Ele respondeu a pergunta deles com outra pergunta, abrindo a porta para a verdadeira interpretação sobre a concessão de Moisés acerca do divórcio.
Três verdades são destacadas aqui:
1. O divórcio não é uma instituição divina – (v.4).
Deus instituiu o casamento, não o divórcio. O casamento é a expressa vontade de Deus, não o divórcio. No princípio, quando Deus instituiu o casamento (Gn 1.27; 2.24), antes da queda humana, não havia nenhuma palavra sobre divórcio. Ele é fruto do pecado. Ele é resultado da dureza do coração (9.5). Enquanto o casamento é digno de honra entre todos (Hb 13.4), Deus odeia o divórcio (Ml 2.16).
Pela resposta dos fariseus (10.4), eles pensaram que Jesus estivesse se referindo à orientação de Moisés sobre o divórcio em Deuteronômio 24.1-4; mas a resposta de Jesus revela que ele estava se referindo às palavras de Moisés em Gênesis sobre o estado ideal da criação e particularmente do casamento. Esse argumento pode ser fortalecido pela abordagem de Jesus. Note que Jesus perguntou o que Moisés “mandou” e os fariseus responderam com o que Moisés “permitiu”. Moisés não ordenou o divórcio; ao contrário, ele reconheceu sua presença, o permitiu e deu instruções como ele deveria ser praticado. O que Moisés “mandou” foi o que Deus ordenou sobre o casamento em Gênesis 1.27,28; 2.24.[6]
2. O divórcio não é um mandamento divino – (v.4,5).
Jesus como supremo intérprete da Escritura diz que Moisés não mandou divorciar por qualquer motivo, ele permitiu por um único motivo, a dureza de coração (10.4,5; Mt 19.8). Mateus registra a pergunta dos fariseus assim: “Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar”? (Mt 19.7). Na verdade, Moisés nunca mandou. O divórcio nunca é um mandamento ou ordenança, mas uma permissão e uma permissão regida por balizas bem estreitas, ou seja, a dureza da coração.
A concessão para o divórcio estabelecida na lei de Moisés tinha como propósito proteger suas vítimas. Segundo a lei judaica, somente o marido podia iniciar o processo do divórcio. A lei civil, porém, protegeu as mulheres, que naquela cultura, completamente vulneráveis e condenadas a viverem sozinhas e desamparadas. Por causa dessa concessão de Moisés, um marido não podia despedir a mulher sem lavrar-lhe carta de divórcio e depois de despedi-la não podia tê-la de volta, caso essa mulher viesse a casar-se novamente ou mesmo no caso dela ficar viúva. Assim, o marido precisa pensar duas vezes antes de despedir a sua mulher.[7] Edward Dobson afirma que a permissão para o divórcio presente na lei mosaica era para proteger a esposa de um marido mau e não uma autorização para ele se divorciar dela por qualquer motivo.[8] O conceituado intérprete das Escrituras, Adam Clarke, entende que Moisés percebeu que se o divórcio não fosse permitido em alguns casos, as mulheres poderiam ser expostas a grandes dificuldades e sofrimentos pela crueldade de seus maridos.[9]
3. O divórcio não é compulsório – (v.5).
O casamento foi instituído por Deus, o divórcio não. O casamento é ordenado por Deus, o divórcio não. O casamento agrada a Deus, o divórcio não. Deus ama o casamento, mas odeia o divórcio. Deus permite o divórcio, mas jamais o ordena. Ele jamais foi o ideal de Deus para a família.
Os fariseus interpretavam equivocadamente a lei de Moisés sobre o divórcio; eles a entendiam como um mandamento, enquanto Jesus considerou-a uma permissão, uma tolerância. Moisés não ordenou o divórcio, ele permitiu. Há uma absoluta diferença entre ordenança (eneteilato) e permissão (epetrepsen). Deus não é o autor do divórcio, o homem é responsável por ele. Walter Kaiser diz que diferentemente do casamento, o divórcio é uma instituição humana.[10] Jay Adams diz que o divórcio é uma inovação humana.[11]
O divórcio embora legítimo no caso de infidelidade conjugal (Mt 19.9) ou abandono irremediável (1Co 7.15), ele não é compulsório nem obrigatório. O divórcio só floresce no deserto árido da insensibilidade e da falta de perdão. Ele é uma conspiração contra os princípios de Deus. O divórcio é conseqüência do pecado e não expressão da vontade de Deus. Deus odeia o divórcio (Ml 2.16). Ele é uma profanação da aliança feita entre o homem e a mulher da sua mocidade, uma deslealdade, uma falta de bom senso, um ato de infidelidade (Ml 2.10-16). O divórcio é a apostasia do amor.[12] O exercício do perdão é melhor do que o divórcio. O perdão traz cura e a restauração do casamento é um caminho preferível ao divórcio.
III. UMA EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA – (9.6-9)
Enquanto os fariseus estavam inclinados a mergulhar no tema divórcio, Jesus estava focado no tema casamento. Se nós entendêssemos mais as bases bíblicas do casamento, teríamos menos divórcios. Nesse texto Jesus lança os quatro grandes pilares do casamento como instituição divina:
1. O casamento é heterossexual – v. 6
Deus criou o homem e a mulher, o macho e a fêmea (Gn 1.27). O relacionamento conjugal só é possível entre um homem e uma mulher, entre um macho e uma fêmea biológicos. O casamento é entre um homem e uma mulher. Um foi feito para o outro e é adequado ao outro física, emocional, psicológica e espiritualmente. Somente a relação heterossexual pode cumprir os propósitos de Deus para a família.
A relação homossexual não é uma união de amor, mas uma paixão infame, um erro, uma abominação para Deus. Essa união degrada a família, destrói a sociedade e atrai a ira de Deus. Norman Geisler afirma que essa união esdrúxula é uma relação sexual ilícita.[13] O homossexualismo é uma prática condenada por Deus nas Sagradas Escrituras. Os cananitas foram eliminados da terra pela prática abominável do homossexualismo (Lv 18.22-29). Da mesma forma, a cidade de Sodoma foi destruída por Deus por causa da prática vil da homossexualidade (Gn 29.5; Jd 7). O ensino bíblico é claro: “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher, é abominação” (Lv 18.22). O apóstolo Paulo afirma que o homossexualismo é uma imundícia e uma desonra (Rm 1.24); é uma paixão infame e uma relação contrária à natureza (Rm 1.26); é uma torpeza e um erro (Rm 1.27). Paulo ainda afirma que o homossexualismo é uma disposição mental reprovável e uma coisa inconveniente (Rm 1.28). Quem o pratica recebe em si mesmo a merecida punição do seu erro (Rm 1.27) e não pode entrar no Reino de Deus (1Co 6.9,10).
2. O casamento é monogâmico – v. 7
Diz o texto bíblico: “Por isso, deixará o homem a seu pai e mãe [e unir-se-á a sua mulher]” (9.7). Não diz o texto que o homem deve unir-se às suas mulheres. Deus não criou mais de uma mulher para Adão nem mais de um homem para Eva. Tanto a poligenia como a poliandria estão em desacordo com os princípios de Deus para o casamento (Dt 28.54,56; Sl 128.3; Pv 5.15-21; Ml 2.14).
Essa norma não foi apenas estabelecida na criação, mas também foi reafirmada na entrega da lei moral. A lei de Deus ordena: “… não cobiçarás a mulher do teu próximo…” (Ex 20.17). O uso do singular é enfático. Moisés não deu provisão à questão da poligamia. Os casamentos poligâmicos sempre foram marcados por muitos prejuízos e grandes desastres. O apóstolo Paulo afirma: “Cada um [singular] tenha a sua própria esposa, e cada uma [singular], o seu próprio marido” (1Co 7.2). Ao mencionar as qualificações do presbítero, Paulo adverte: “É necessário, portanto, que o bispo seja… esposo de uma só mulher…” (1Tm 3.2).
Norman Geisler enumera alguns argumentos que reforçam o ensino da monogamia:
1) A monogamia foi ensinada por precedência (Gn 2.24);
2) A monogamia foi ensinada por preceito (Ex 20.17);
3) A monogamia foi ensinada através das severas conseqüências decorrentes da poligamia ((1Rs 11.4).[14]
3. O casamento é monossomático – v. 8
Jesus prossegue, e diz: “e, com sua mulher, serão os dois uma só carne” (9.8). As palavras hebraicas homem e mulher (ish e ishá) revelam que os dois foram feitos complementarmente um para o outro. O propósito de Deus é que no casamento, o homem e a mulher se tornem uma só carne, numa intimidade tal que não pode ser separada.[15] A união entre marido e mulher não é apenas emocional e espiritual, mas também e, sobretudo, física. O sexo que antes e fora do casamento é uma proibição divina (1 Ts 4.3-8), no casamento é uma ordenança (1 Co 7.5). O que é uma proibição para os solteiros, é um mandamento para os casados. O sexo é bom, é santo e puro (Hb 13.4). Deus nos criou sexuados. O sexo nos foi dado como uma grande fonte de prazer (Pv 5.15-19) e não apenas para a procriação (Gn 1.28).
A união conjugal é a mais próxima e íntima relação de todo relacionamento humano. A união entre marido e mulher é mais estreita do que a relação entre pais e filhos. Os filhos de um homem são parte dele mesmo, mas sua esposa é ele mesmo. Diz o apóstolo Paulo:
Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a Igreja (Ef 5.28,29).
João Calvino afirma que o vínculo do casamento é mais sagrado que o vínculo que prende os filhos aos seus pais. Nada, a não ser a morte, deve separá-los.[16]
Muito embora a expressão “uma só carne” signifique mais do que união física, a união básica do casamento é a união física. Se um homem e uma mulher pudessem se tornar um só espírito através do casamento, então a morte não poderia dissolver esse laço, pois o espírito nunca morre. O conceito de casamento eterno é uma heresia (Mt 22.30; 1Co 7.8,9).[17] O apóstolo Paulo diz que a união do casamento termina com a morte: “Ora, a mulher casada está ligada ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal… se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias” (Rm 7.2,3).
4. O casamento é indissolúvel – v. 9
Jesus concluiu o assunto com os fariseus, afirmando que o casamento não é apenas heterossexual, monogâmico e monossomático, mas também indissolúvel. O evangelista Marcos registra: “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (9.9). O casamento deve ser para toda a vida. É uma união permanente. No projeto de Deus o casamento é indissolúvel. O divórcio é uma conspiração contra Deus e contra o cônjuge. O divórcio é atentado contra a família. Quem mais sofre com ele são os filhos. As conseqüências amargas do divórcio atravessam gerações. A psicóloga Diane Medved afirma que alguns casais chegaram à conclusão de que o divórcio é mais perigoso e destrutivo do que tentar permanecer juntos.[18]
O casamento é indissolúvel porque foi Deus quem o instituiu e o ordenou. Porém, o casamento tem sido cada vez mais ultrajado em nossos dias. Comentaristas sociais declaram que 50% dos casamentos realizados nos Estados Unidos terminam em divórcio.[19] A Revista Veja de 27/11/2003 publicou um artigo revelando que nos últimos cinco anos o índice de divórcio entre pessoas da terceira idade no Brasil teve um aumento de 56%. Tragicamente, 70% dos novos casamentos surgidos entre os divorciados acabam num período de dez anos.[20]
Nenhum ser humano tem competência nem autoridade para desfazer o que Deus faz. Mesmo que um juiz lavre uma certidão de divórcio e declare uma pessoa livre dos vínculos do casamento, aos olhos de Deus, essa relação não é desfeita.
O casamento é uma aliança entre um homem e uma mulher e Deus é a testemunha dessa aliança (Ml 2.14). O adultério é a quebra da aliança conjugal (Pv 2.16,17). O divórcio é a quebra do nono mandamento da lei de Deus, ou seja, um falso testemunho, a quebra de um juramento feito na presença de Deus.
Algumas pessoas tentam justificar o divórcio, afirmando que não foi Deus quem os uniu em casamento. É importante enfatizar que mesmo que um casal não tenha buscado a orientação de Deus para o casamento, uma vez firmada a aliança, Deus a ratifica (Js 9.1.27).
IV. UM ALERTA SOLENE – (9.10-12)
A conversa que se desenrola agora não é mais com os fariseus, mas com os discípulos; não mais em um lugar aberto, mas dentro de casa. O contexto nos indica que os discípulos tinham uma visão bastante liberal sobre a questão do divórcio, pois quando Jesus falou sobre a infidelidade conjugal como a única cláusula de exceção para o divórcio, os discípulos reagiram com uma profunda negatividade em relação ao casamento: “Disseram-lhe os discípulos: Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar” (Mt 19.10).
O evangelista Marcos omite a cláusula de exceção que legitima o divórcio, registrada em Mateus 5.32; 19.9. Mas certamente, essa omissão não muda o conteúdo do ensino de Jesus sobre o assunto. A grande ênfase de Jesus é que o divórcio e o novo casamento, sem base bíblica, constituem-se em adultério. J. Vernon McGee entende que essa omissão de Marcos é pelo fato dele estar escrevendo aos romanos que não conheciam a lei de Moisés sobre o divórcio.[21] William Hendriksen, escrevendo nessa mesma linha de pensamento assim diz:
Por que essa diferença entre Mateus e Marcos? Resposta: Mateus estava primariamente escrevendo para os judeus, entre os quais a rejeição de um marido pela sua esposa era tão rara que a lei não provia qualquer orientação para essa possibilidade. No entanto, entre os judeus, ou entre aqueles que tinham relações próximas com eles, essas rejeições do marido por parte da esposa não eram inteiramente desconhecidas.[22]
Somente Marcos entre os evangelistas fala da mulher também tomando iniciativa do divórcio. Possivelmente, porque Marcos está escrevendo para os romanos e na sociedade romana uma mulher poderia iniciar o divórcio.[23]
CONCLUSÃO
Não existem famílias fortes, sem casamentos bem estruturados. Não existem igrejas saudáveis sem famílias fortes. Não existe sociedade bem-estruturada onde as famílias que a compõem estão se desintegrando.
Nenhum sucesso compensa o fracasso do casamento e da família. Não fomos chamados para imitar o mundo, mas para ser um referencial de Deus no mundo. O povo de Deus precisa mostrar ao mundo casamentos sólidos, famílias unidas e regadas pelo amor.

[1] William Hendriksen. Marcos. 2003: p. 476.
[2] J. Vernon McGee. Mark. 1991: p. 118.
[3] Adolf Pohl. Evangelho de Marcos. 1998: p. 294.
[4] William Barclay. Marcos. 1974: p. 248.
[5] Dewey M. Mulholland. Marcos: Introdução e Comentário. 2005: p. 154.
[6] Bruce B. Barton et all. Life Application Bible Commentary on Mark. 1994: p. 280.
[7] Bruce B. Barton et all. Life Application Bible Commentary on Mark. 1994: p. 280.
[8] Edward G. Dobson. The Complete Bible Commentary. Nashville, Tennessee. Thomas Nelson Publishers. 1999: p. 1212.
[9] Adam Clarke. Clarke’s Commentary – Matthew-Revelation. Vol. V. Nashville, Tennessee. Abingdon. N.d.: p. 190.
[10] Walter Kaiser Jr. Toward Old Testament Ethics. Grand Rapids, Michigan. Zondervan Publishing House. 1983: p. 200,201.
[11] Jay Adams. Marriage, Divorce, and Remarriage in the Bible. Grand Rapids, Michigan. Zondervan Publishing House. 1980: p. 27.
[12] Hernandes Dias Lopes. Casamento, Divórcio e Novo Casamento. São Paulo, SP. Editora Hagnos. 2005: p. 107.
[13] Norman L. Geisler. Christian Ethics: Options and Issues. Grand Rapids, Michigan. Baker Book House. 2000: p. 278.
[14] Norman Geisler. Christian Ethics: Options and Issues. 2000: p. 281.
[15] Bruce B. Barton et all. Life Application Bible Commentary on Mark. 1994: p. 281.
[16] John Calvin. Harmony of Matthew, Mark, and Luke – Calvin’s Commentaries. Vol. XVI. Grand Rapids, Michigan. Baker Book House. 1979: p. 379.
[17] Warren W. Wiersbe. The Bible Exposition Commentary. Vol. 1. Colorado Springs, Colorado. Chariot Victor Publishing. 1989: p. 69.
[18] Diane Medved. The Case Against Divorce. New York, NY. Donald L. Fine. 1989: p. 1,2.
[19] J. Kerby Anderson. Signs of Warning, Signs of Hope: Seven Coming Crises that will change your life. Chicago, Illinois. Moody Press. 1994: p. 67.
[20] James D. Mallory. O Fim da Guerra dos Sexos. São Paulo, SP. Exodus Editora. 1997: p. 16.
[21] J. Vernon McGee. Mark. 1991: p. 121.
[22] William Hendriksen. Marcos. 2003: p. 483.
[23] Bruce B. Barton et all. Life Application Bible Commentary on Mark. 1994: p. 284.

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